domingo, 31 de julho de 2011

Sobre verdades..



"Esta é a verdade:
a vida começa quando a gente compreende
que ela não dura muito."
então bora amar..


[Millôr Fernandes]

sábado, 30 de julho de 2011

Veridicos..



O que me resta a fazer é não fazer nada, como sempre, e esperar que as horas escoem lentamente e que o meu corpo durma antes de mim, ao peso do cansaço e da mais absoluta monotonia. Deitar-me-ei como um faquir sobre os espinhos do meu leito – bela imagem, sem dúvida – apagarei a luz, rezarei um padre-nosso (eu que não creio em Deus nem creio que ele possa crer em mim) e fingirei de morto por algum tempo, só respirando e deixando que me bata o coração, por via das dúvidas. No escuro a noite é completamente escura, como o podem atestar todos os insones da terra, e o jeito que resta é a gente esperar que, mesmo com chuva, a alvorada volte a raiar no vidro da janela, e com ela de novo as esperanças e as idéias felizes, que são sempre as mesmas sempre, apesar de todas as decepções ou talvez por isso mesmo.

Dou a minha verdade ao primeiro mendigo da esquina e sem que ele a peça, como a dou de bom grado a quem se mostre humano como eu e me trate como a um amigo; jamais, porém, a terão os que não confiem na minha sinceridade e usem de processos violentos para abrir-me a boca e os olhos, que são apenas os olhos e a boca do meu corpo, não da minha alma.

A liberdade aqui é uma palavra que já não existe nem sequer nos dicionários e de que só ouvimos falar quando somos nós que a pronunciamos, em geral em vós baixa e para nós mesmos.

Fui ao médico e ele me perguntou: O senhor tem fígado? Tinha, respondi, quando era criança; agora já nem sei mais. A vida me tem roubado tanta coisa!

Dai-me, eu vos peço, a receita de não chorar à toa sobre as mazelas e as incongruências deste mundo tão cotidiano, e de ver com olhos de cego, como vós fazeis, as aparentes belezas deste vasto cemitério sobre o qual caminhamos e que, de tão repleto de mortos, já está até cheirando mal, apesar da primavera que há no céu e nas flores. Dai-me a fórmula de sabedoria que me permita, aos quarenta anos – idade da minha imagem no espelho – contentar-me com o efêmero espetáculo do dinheiro e da mulher nua, e com os fugidios prazeres que nos podem advir do corpo ou do espírito, QUANDO sobre nossas cabeças paira, cada vez mais densa, a gigantesca sombra da morte, com a sua certeza que não admite sofismas nem tergiversações, pormais que a queiramos ignorar em nossos instantes de sono ou mesmo de vigília. Se a morte para a qual caminhamos a passos rápidos – e que ainda hoje pode colher-nos de surpresa, como nos colhe um raio em meio à tempestade – se essa morte é, cada dia mais, de minuto a minuto, a grande verdade contra a qual não prevalece nenhuma filosofia do homem nem tampouco seu incomensurável orgulho, dizei-me como e sobretudo por que devo eu ignorá-la com um sorriso nos lábios, como se este mundo fora o paraíso terrestre e não a terra deserta e sem caminho de que fala a Bíblia, livro que em tudo mais não merece grande crédito. Eu que sempre levei uma vida aventurosa, modéstia à parte, rindo-me de tudo e de todos sem pedir licença ao papa nem ao chefe de polícia, sempre fui no íntimo um pobre espantalho dentro da noite, mais triste do que o palhaço mais triste, com o riso da caveira à guisa de gargalhada. É que o meu riso, que a muitos parecia louco, era em verdade e apenas um pranto disfarçado, como só agora me dou conta de todo, em face desta lacrimorréia aparentemente absurda em que me afogo. Em suma: nada mais vos peço senão que afugenteis a morte da minha vista, já que não podeis afugentá-la das minhas costas, e que me deis o segredo desse filtro que vos faz tão tranqüilos e ao mesmo tempo tão vivos, mesmo com o cheiro de cadáver já exalando de vossas narinas. Dai-me, enfim, a arte de mentir a mim mesmo, eu que não sei mentir nem aos outros, e fazei com que eu pise sobre os mortos como se pisasse apenas sobre esqueletos antediluvianos, que não me dissessem respeito e muito menos desrespeito, dada a minha alta qualidade de ser imortal e indiferente aos abismos.

Todas as normas de educação que me tentaram impingir no cérebro tinham por objetivo convencer-me de que eu e o meu vizinho éramos feitos da mesma massa e conseqüentemente da mesma qualidade de alma, havendo mesmo alguns exagerados que chegavam a proclamar que ambos éramos filhos do mesmo pai celestial, a cuja imagem e semelhança havíamos sido feitos em nove meses; a experiência, porém, convenceu-me exatamente do contrário, e não foi preciso muito tempo para eu descobrir que não passava de um pequeno monstro dentro da minha espécie, de alguém que não se parecia nem sequer consigo mesmo nos diversos momentos e que já nascera fatalmente marcado para a solidão. E como eu não podia andar metido num escafandro todas as horas do dia, embora já tenha exercido a profissão de escafandrista na penúltima guerra, deu-se o entrechoque fatal entre a minha multidão de almas e a alminha dos meus pseudo-semelhantes, com conseqüentes ódios e ressentimentos de parte a parte, como ficou provado nas páginas de meu Diário íntimo e que um dia ainda serão publicadas. Nesse livro aparentemente triste, eu me situo na posição de antípoda de todos os seres com os quais vivo esbarrando-me pelas ruas ou mesmo dentro de casa – o que talvez em parte explique meu contínuo peregrinar pelos quatro cantos do mundo, à procura de outro pólo no qual certamente houvesse um outro antípoda à minha espera.

Campos de carvalho!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Olhe-se um pouco mais e sinta a sua grandeza..


Há um certo perigo em corridas de Fórmula 1. Faz parte da corrida. Sempre que você pilota, faz testes ou corre fica exposto a certos riscos. Há riscos calculados e situações inesperadas que podem surgir. E você pode morrer numa fração de segundo. Você percebe que não é ninguém. De repente, você não é nada e sua vida pode acabar de repente. Isto faz parte de sua vida. Você pode enfrentar isto de modo calmo, profissional ou pode desistir, abandonar e não fazer isto. Acontece que gosto muito do que faço para apenas desistir. Não posso desistir. Faz parte da minha vida”.
(Ayrton Senna 1960 – † 1994 †)


Então se a gente não se arrisca, não se expõe, não se permite , não acelera ... nem tristeza, mas nem felicidade ou alegria vem a gente ... Viver é isso é ser vulnerável as coisas ao redor as situações colocadas , é estar vulnerável... Às vezes a gente faz tudo certo, mas ainda perde. Ou sei lá... acredita que perde...E se feri..
Eu li outro dia que quando a gente não está feliz com alguma coisa existem duas leituras possíveis: ou tudo é um teste pra nossa perseverança, ou é uma sinalização clara de que é necessária uma mudança de rumo. Para descobrir qual é o entre um e outro ou seja a tristeza e a felicidade , restam o silêncio e a oração...

E pensar que nem sempre conseguimos ser o que as pessoas esperaram que um dia fôssemos...
e...
às vezes isso dói.


Mais em nós do que nelas.
** Confuso tudo...quero me sintonizar a mim mesmo....!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Para salvar uma vida....



Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena."
Provérbios 24:10


Interessante falar sobre isso porque hoje eu me sentia um pouco triste, mas sem motivo aparente. Aliás, me sentia triste mas acho que meus motivos não eram tão válidos, visto que há muitas outras coisas mais importantes no mundo.
Enfim, não é muito difícil entender esse versículo. Na verdade, é bem simples: se mostrar forte durante o cotidiano, no qual tudo é normal e sem sofrimento algum (ou pelo menos grande sofrimento) é totalmente fácil, agora mostrarmos a mesma força durante uma crise (seja ela familiar, social, amorosa, acadêmica etc) é outra história. Cara, coloca na cabeça que Deus não permite que passemos por nada que não possamos suportar. Se a situação tá difícil é porque Ele sabe que você pode passar por isso. E se você acha que tudo tá ficando impossível e que agora é que 'o couro vai truar' e só mesmo um milagre pra mudar a situação (ou ao menos fazer algo bom sair disso), espera. É justamente isso que vai acontecer. Claro, se você for um filho obediente ao Pai. Algo que NUNCA podemos esquecer é que Deus age quando o que era possível se torna impossível. Afinal, Ele é o Deus do Impossível, não é mesmo?


texto extraido do blog: Para salvar uma vida...

terça-feira, 5 de julho de 2011

QUEM VE CARA não ve nada..!




"Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras coisa...(C.F)
Quero desviar o foco dos meus grandes sonhos, tirar o pé do acelerador dos dias, tirar férias dessa busca por superação, pra não deixar passar despercebido meus milagres diários.
Tenho olhado muito adiante, perdendo de vista a beleza do agora.
Vez dessa andando pelos blogs alheios lembrei-me de mim nesta frase acima.. poxa que bom que existe a ida e também a volta e bem é assim que é para ser, que bom que existe a briga e depois muitas vezes o perdão , o erro o acerto... Não seriamos humanos se não existesem essas coisas. Li uma vez em um livro que a vida é SIM a vida é NÃO voce escolhe se quer ou se não numa fala de senhor onde ele sofria de uma doença terminal e dava conselhos a um amigo que sempre ia visita-lo..
Hoje eu penso se sempre pensei em ser e não fui, muitos falam que sou muito sonhadora me cobro muito das coisas acho que ando meio com a sidrome do Cisne Negro essa mania de perfeição que me estraga e não me evolui.
Já me perguntaram será que vale a pena tudo isso ... a resposta não sei eu acho que numca soube acho que sempre quis fazer o certo e sempre sei lá num modo muito doido de pensar eu fui feliz.
é gratificante ver a femeridades das coisas e de se pensar poxa o que nos levamos de tudo isso, do nosso trabalho, da nossa casa , de nossa famailia da nossa ma~e que nos cria e nos da bom dia minha flor dia....( risos) e assim que é pra ser e assim que não é.
E quem ve cara ve sim coração .. não se faz necessario sofrer para nos tornamos humanos ou mesmo se compadecer com o sofrimento alheio para nos exergamos nos outros e dizermo poxa... minha vida e otima...... triste é acordamos todos so dias e vermos a Cara de todos e numca o coração. e so exergamos a importancia do outro quando aquele mesmo não mais existir. VAMOS PENSAR MELHOR , VAMOS VIVER MELHOR , VAMOS SER BONS ... e isso que fomos criados a ser.


Psiu* texto confuso né..srs mais sei lá era isso que eu queria falar!