sexta-feira, 30 de abril de 2010

Não me diga que o mundo anda mal....




Ele não estava debaixo da cama, nem da escada. Não foi guardado na dispensa de alimentos, não estava em cima do telhado, nem dentro do livro mais antigo. Ele não se escondia nos lagos, não vivia com os cavalos e nem se afogava nos oceanos. Não cabia na carteira, não se sentava à mesa, nem ficava conversando no portão. Quando criança não atirava pedrinhas nos pássaros, não se lambuzava com as mangas roubadas do Sr. Miguel e nem cometia pecados depois da missa.
Deus não dava sinal de vida desde a década de 80. Não aparecia nas manchetes dos telejornais, não estava no púlpito das igrejas, menos ainda em um quarto de hotel. Não conseguíamos entrar em contato com Ele. Ele não atendia telefonemas e também não respondia aos e-mails.
Mês passado decretaram: - Deus está se aposentando!
Depois do choque, do ‘chororô’ danado, das crianças com olhos vermelhos, das senhoras cantando uma triste canção, dos cachorros choramingando sem parar, dos doentes perdendo a fé... Deus começou a se mostrar. ‘Vezenquando’ acenava de longe, sorria um sorriso de menino (que só os que o procuravam conseguiam ver). Balançava crianças de rua nos balanços da praça, pela manhã trazia frutas aos desabrigados, ajudava senhores a atravessar na avenida, acrescentava feijão nas panelas com alguma escassez, fazia chover nas plantações, reconciliava casais, protegia mulheres que voltavam do trabalho à noite e sumia de novo. E no fundo todo mundo tinha medo de encontrá-lo.

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Eu acho o blog dessa moçinha aqui tão bonitinho a começar pelo nome: http://girafasnoaquario.blogspot.com/......... tenho que falar que eu queria muito encontra-lo ......srsrs xero flor!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ELA...


Embrulhada em algo infantil, que a iludia.
Olhava o mundo com olhos fascinados.
Olhos levemente pequeninos, mas intensos,
Que via aparentemente, tudo de uma forma interessante, Deslumbrante,
Como quem deseja engolir o mundo, mesmo de uma maneira Segura e ingênua.
Levava com ela , o brilho daqueles que se manejam com destreza, Que se consomem,
Que só depois analisa o prejuízo, risco, ganho.
Talvez isto seria seu maior defeito, ou sua maior qualidade.
Ou que a salva ou estrangula:
Mistério.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Uma caixa de bis menos a loucura...

Uma vez, no recreio, comendo um Bis derretido, pensei isso, pela primeira vez: e se eu ficasse louca?
Vi minhas amigas trocando papéis de cartas, vi uns meninos correndo de testa suada, vi uma professora caminhar como alguém que pensava em alguém que ela encontraria no final do dia, vi tudo isso como se não pudesse ter, ver, ser. E seu eu ficasse louca. Que triste para meus pais, que triste para a carteira vazia da escola, que triste para os livros plastificados com a etiqueta que dizia que era eu. Uma estudante, uma garotinha, com família, amigos, presilhas de cabelo, camisas branca PP com um brasão que trazia um livro e um fogo. Se eu ficasse louca tudo isso seria o quê? Pra onde iriam os materiais e as pessoas e o amor? E se eu ficasse louca? Quem iria me ver babar num canto de um hospital? Existe louco em casa? Mãe ama os loucos? Louco tem amigo? Louco tem livro plastificado? Louco começa e nÍ o para mais até acabar? Louco uma vez, louca pra sempre? Converse. Respire. Pense em garotos. Pense em xampus. Vamos. Não fique louca. Mude de assunto. Pense na menina mais bonita do mundo e odeie. Dê nome pra loucura que ela deixa de ser. Sinta dor com nome que assusta menos. Caia na aula de educação física, rale o joelho, sangre, dói menos. Desembarace os cabelos e sinta que problemas se alisam. Faça o papel do Bis virar um barquinho. Isso. Conte uma piada. Se os outros rirem bastante. Se a sua estranheza puder ser amada. Qualquer coisa menos loucura. Pense naquela música da rádio. Não, você não está triste. Uma fofoca e pessoas em volta. Vá até o banheiro retocar o batom da moranguinho. O professor mais ou menos bonito, por ele. Os outros. Olhe. Os outros. Vamos. Que data mesmo? Da guerra. Que data? Qualquer coisa. Menos louca. O hino. Sujou um pouquinho da meia. Limpinha. Dê nome aos problemas. Problemas com nomes são problemas e não loucuras. Sempre evitando que ela saia. Sempre segurando. Não caia dura no meio do mundo. Não se chacoalhe no meio do pátio. Não vomite só porque sei lá o que é isso impossível de digerir e nem quero saber. Não abrace sem fim porque é preciso sentir o vento com o peito sozinho. Terrível mas tem banho quente pra distrair. Não espanque, não soque, não chore sangue, não arranque a língua, não grite, não acabe. Siga. Sorria. Mais uma prova. Mais uma festa. Mais um garoto. Sempre um pavor escondido mas nem era nada disso. Sempre uma tristeza abafada mas nem era nada disso. Sempre uma alegria exagerada que ninguém acolhe e o silêncio depois, fazendo curativos na pureza criando cascas. Um dia você será. O quê? Normal. Um dia você será. Normal. Um dia. Enquanto isso, se distraia como a professora que ama, as crianças que trocam papéis de cartas, os garotos que correm. Eles estão se distraindo também e pensando “olha, uma menina comendo Bis”.

Tati Bernardi

sábado, 10 de abril de 2010

Sobre minhas inquietudes....



Tudo é mistério fundo de flor e agonias...E ela escolheu a melhor sensação pra vestir o seu poema....
Assim dirigiu-se a ela: Quero que saiba que meus nervos não são de água e Eu fico aqui pensando se não somos tão carentes a ponto de não viver melhor sem alguém..? Serás...??
Então ela pensará assim: ahhh.. já soube muitas coisas além dessas. Só que esqueço rápido pois a gente numca jurou eternidade pois esta era algo sonhador entre nós dois.
Pois fico pensando nos nossos ajustes e nas nossas vontades que temos de sabedoria em meio a toda essa embriaguez da paixão. E eternizar tudo isso É muito perfeito..e irreal..
E ele insistiu em pensar: Não sabeis que mudei..? Ganhei um equilíbrio qualquer que me permite fazer coisas triviais sem que se consumir em pensar em você..
E ela estava apaixonada por aquela confusão...
Era só prestar atenção na atmosfera, nos gestos...Mas só tinha olhos pro novo viver que lhe era cobrado.
Não queria mais viver de ilusõess e amores utopicos ou mesmices que lhe feriam queria o intenso o inatingivél..
O foco naquele momento era dele talvez era a paixão do desfrutar apenas ou um talvez breve e intenso momento... ( ela queria momentos e ele também..)mais que fossem intensos.
E
ela pensara em seu pensar mais não deixava ele notar:
Entenda minha mansidão, queira-me intensa.... Perceba-me quando eu digo um sim dentro de um não e mesmo assim me insista me procure me deseja mesmo sendo dificil me entenda ..
E aquele instancia de pensamentos se vagavam em torno de tudo entre eles não sabiam nada daquela situação se somente seria uma leve embriaguez de paixão fingindo alegria ou apenas um instante de momentos e agora vivem essa inquietação.


PSIU:Essa tua voz tão mansa e esse teu jeito de entender dramas... me deixa louca sabia..sr um xero a você!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Das coisas que eu quero ...viver



Tudo em mim tem sido esta vontade de me afagar em teus braços.... Há tempos não me ocupo com outra coisa: em tudo que toco ou manuseio em ter-lo em ve-lo em senti-lo....que ora se derrama, ora se dosa ao meu meu sentir..
Não sei mais de nada e essa dor no meu peito me impede de seguir adiante para me permitir a tudo isso.... Sabe e tudo isso que eu quero e VIVER tudo que me cabe em vida mais esse Dor...ahhh dor passa logo para mim poder me permitir as coisas mais surreais que eu planejei...!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Extensidades..um eco ao amor...!




Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la. "
[ Clarice Lispector ]


Naquela noite morri à míngua de excessos..
Era mais uma... nossa paixão louca e invencilíssima arrastando-nos um para o outro e vivendo seus pequenos delirios e decisões estabanadas em que só o amor pode ser um cumplice da historia.E eu me calo intensamente para apreender-me em teus braços onde minha boca crava em teu pescoço a mordida que há implícita em cada beijo teu.
São delirios...
E mesmo em torno dessa felicidade sentia uma tristeza...porque só pensava quão ruim seria perder aquele momento de extase e felicidade.
Mais as sensações passam.....
E so o calor fica..dos alvorazes sentimentos que delacerarão seus corpos naquela noite.
Estavamos vivendo as coisas mais importantes e evitando saidas fora de hora que poderiam terminar em feridas onde demoraria serem cicatrizadas.Dava-lhe vez ou outra um beijo secocom um olhar suado quando queria deixar ele invadir todo o seu corpo dando lhe sinais de quero mais.
Mais a noite era curta...
E com requintes de delicatezas iam se conquistando um ao outro
E ela sussurrundo dizia a ele:
Jamais esquecerei as suas incandescências
E esse amor que acendeu em mim algumas novas exuberâncias
E foi no seu abraço que eu encontrei o caminho mais perfeito do meu próximo passo.
Não deixarei que nada corrompa nossas essências, porque queremos muito mais que embelezar nossos universos, porque queremos ser muito mais além das aparências...
PSIU..: FOI PARA VC!!!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Reflexões motivadas sobre algum ato


Há sentimento e uma vontade imensa de transmutar certas tristezas...
Talvez as borrachas sejam necessárias
quando a gente muda de narrativas na vida.

E, de repente, ela sentiu uma saudade..mais em volto de uma tempestade em que absoluta a espreitava.
Sentia que algo poderia dar certo se não fosse a covardia da intima vontade de viver.
Já estava tudo planejado ela colheria suas dores e não a jogaria elas mais em ninguém, não se entravaria mais iria se permitir naquela noite.
Foi quando tudo que antes era para ela um amor irreal terminou por machucar-la por dentro e plantar no seu olhar uma tristeza sem horizontes alcançáveis...
Mesmo sabendo que o amor Pode ser real... por estar tão próximo e ser possível..mais se detém a ser um pouco tosco mais em vez de quando increvel..ela mesmo assim iria em seu enlace. E no meio de suas duvidas e medos acreditou em sua felicidade e prometeu a si mesma: Não me caberá mais nenhum drama... Só terei esperanças e perspectivas! E quando algo o amor ensaiar doer, sentirei sono porque sonharei com dias melhores e quando o amor ameaçar acabar, cantarei musicas dançarei em versos afinal o amor finge as vezes!
Resolveu naquela tarde abrir as janelas do seu pensar para que o ar circulesse e reciclase toda a energia deixada por talvez uma esperança desejada e não conseguida.Não parou relutou consigo mesma afinal ela queria se delebirar com as infatigadas armadilhas do amor onde queria correr e percebia que sua vida so estava passeando pelo seus medos de errar.
Queria entender do medo e da coragem, e da gã que empurra a gente pra fazer tantos atos, dar corpo ao suceder. Pensara nele a noite toda em seus gestos e atos e pensara como pode fazer isso comigo.....??

Quero momentos humanos verdadeiros. Quero ver você. Quero que você me veja. Não quero abrir mão disso. Não quero ser imaginavél, entende?
BYE Elis!