quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sobre a loucura...


Uma vez, um alguém muito sábio me contou uma história de um velho morador de rua que era louco. Ele pensava que era o rei, e a rua e o bairro eram o seu reino, e andava com um graveto ordenando tarefas a seus servos imaginários e tendo luxos e poderes imaginários.
Os moradores daquele bairro, comovidos com a 'pobre' situação do velhinho, decidiram que deviam tentar lhe curar, mostrando o que era e o que não era real, e assim começaram sua árdua tarefa de deixá-lo são novamente. Logo no início, nada. Ele, relutante em suas alucinações, os insultava e ia para seu imponente castelo, verdadeiramente feito de papelão, sua fortaleza particular.
Após muita insistência, finalmente o velhinho conseguiram seu objetivo. Ele caiu em si, e curou-se de sua loucura. Uma semana depois, aquele senhor se suicidou sobre sua fortaleza destruída pela sanidade.

É para parar e pensar não?

Por que essa ânsia de supostamente curar os loucos? Será que muitas vezes não eram os loucos que deveriam curar os sãos?
Os ditos sãos, nada mais são do que depósitos sociais, onde lhes é depositado a rodo tudo que diz respeito a moral, o certo, o errado e o proibido. E qualquer um que desafie isso, que seja contra aquilo que você acredita, é um tanto assustador... Você é ensinado a negar tudo aquilo que é contra seus princípios, mas até que ponto devemos nos cegar?
Na realidade as pessoas têm medo do que podem descobrir... Têm medo de descobrirem que a vida pode ser mais feliz com um pouco de loucura... E é mesmo! Qual a graça de viver a vida real? Sem sonhar, divagar, brisar mesmo? Se o homem não fosse capaz de ver além do que está a sua frente, jamais estaríamos aqui agora. Transcenda-se! Permita-se! E você verá como será mais feliz se nem tudo for tão real quanto deve ser...

6 comentários:

Daniel Savio disse...

Meio xomplexo, pois hora a loucura ajuda, hora a loucura atrapalha, mas é necessário um pouco dela para sobreviver e sonhar...

Fique com Deus, menina Senhorita Elis.
Um abraço.

Jana disse...

Que post lindo! Divido com voce a ideia da loucura. Por que nao? Aih entramos novamente na questao do certo e errado. Quem disse que a loucura e' o anormal, o errado, o estranho? Eu acho tanta coisa normal estranha que me pergunto se nao e' o povo todo que ta' louco e eu sa.

A-do-rei o post.

Cris Medeiros disse...

Nossa essa historinha é tudo a ver!!!

Eu às vezes olhos pras pessoas tidas como doidas na rua e me pergunto se a existência delas não é menos sofrida que a nossa que temos que lidar com o cotidiano chato e aborrecedor o tempo todo... Nunca vou saber...

Beijocas

Anônimo disse...

Há de se tentar o tal equilíbrio... seja loucura, seja sanidade, tudo em excesso atrapalha! O difícil é achar esse meio termo... no percurso caímos muitas vezes, mas é preciso força pra levantarmo-nos e seguir. Isso é a vida!

Parabéns pelo post, realmente comovente!
Beijos!

Anônimo disse...

Pois é minha querida amiga Elis, esse nosso mundinho de Deus está meio virado mesmo, será que os loucos são eles? Muito bom seu texto, bastante reflexivo. Quando ao nosso bom José Alencar,se esse fosse um país sério, certamente, ele seria o nosso presidente.Infelizmente...não é assim. Que Deus lhe de mais energia ainda!

Paz e harmonia para você

Forte abraço

Caurosa

Marina disse...

Belo texto! As vezes queremos mudar as pessoas e esquecemos que NÓS é que precisamos mudar!

O mundo necessita de loucos, mas loucos com o pé no chão...

Ensinaram o louco a ver a realidade, mas não o ensinaram a conviver com ela... afinal a loucura e a realidade andam juntas =P basta aprendermos a vivermos nas duas! Ser louco sem se perder da realidade

Paz e Bem
Marina